Andante,Andante...
"Nenhum momento de felicidade terá sentido se não for compartilhado"
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
NAS FILAS DE SUPERMERCADOS

       Nas filas  de  supermercados,onde  somos  submetidos à  "desgraçeira"  da  angustiante  espera,tudo  o que  se  pode  fazer  de  melhor,na  minha  opinião,é  ligar  as  antenas  e captar os  diálogos,as  reclamações,as  pérolas  que  espalham-se  ao  nosso  redor.Há  que  se  esperar,mesmo.Se,  que  haja  outra  saída,o remédio é  seguir  a  conhecida fórmula:"Quando o  estupro  for  inevitável,relaxe  e  goze".Assim,selecionei  dois  episódios  que presenciei.É  possível  até  que  vocês  não  achem  graça nenhuma.Eu,entretanto,os  acho senão engraçados,no  mínimo inusitados:
   PRIMEIRO:
   Duas  senhoras  idosas,aparentando vir  do  interior,passavam  seus  dois  carrinhos  de compras  à  minha  frente.Logo  atrás,eu.Debruçado sôbre  o suporte  do  meu carrinho  de  compras,esperando  chegar  a  minha  vez.Irritado,pois  não  costumo "relaxar" com  facilidade.
   As  duas  senhoras  comentam  entre  si:a alta  dos  prêços,o  calor  infernal,a  correria  de  fim  de  ano,etc...etc...No  entorno  do  caixa,tôda  sorte  de  (uti) e  futilidades,penduradas  em  ganchos a  provocar  o  pecado  do  consumismo.Dentre tantos,algumas  fileiras  de  preservativos,dêstes com  aroma  e  sabores  de  frutas.Belíssimos  morangos  vermelhos,orvalhados,presos às  ramagens estampavam-se tentadores  sobre o  fundo preto  das  embalagens.
   Uma  das senhoras prendia sob  a  axila uma  pequena  bolsa  xadrês.Num  dado  momento,liberando-lhe do "perfumado" prendedor,abriu o  ziper e  dando  uma  conferida  no  seu  poder  de  compra dirigiu-se  à  outra  dizendo:
   _Precisamos levar  uns  docinhos "pras  cianças".
   E  atacou o  prendedor  de  preservativos retirando  mais de  uma  dezena  dêles.
   Naquêle  instante pensei  em  alertá-la  sobre  o  equívoco,mas ouvi  uma "vózinha",maliciosa vindo  lá  do  fundo da  minha  consciência:
   _Não  banque  o  "xereta",Quem  pode  garantir  que  a  velhinha  não  sabe  o  que  está  fazendo?Vai  que  ela  seja  bem  safadinha?!Fica  na  tua,não  abra  a  boca.
   Fiquei  ali parado,apenas  observando e a  imaginar  o  "triste" desenrolar  da  história,caso  a mulher  estivesse  mesmo  equivocada.
   A senhora  que  passava  as  compras pelo  caixa,resolveu  então pedir  à  atendente  que lhe  informasse  o  custo  dos  famigerados artigos.Ao saber  do  prêço,ordena quase  ríspidamente  à  outra:
   _Muito  caro!...Troque  por  alguns doçinhos  mais  baratos.
   Respirei aliviado,em  nome  das  crianças,é  claro.

   SEGUNDO:

   A  fila  no  açougue  do  supermercado  estendia-se  por  alguns  metros.Ao  lado,na  seção  de  frios  e  panificadora:ninguém.
   Carrancudo  e  azedo,o  gerente  circulava  entre  os  horti-fruti.
   A atendente da  panificadora,uma  tremenda  gata,resolvendo  fazer  uma  média com a  gerência passa  para  o  açougue afim  de "dar  uma  mãozinha"  aos  colegas.
   O  cliente  da  vez,um  senhor com  ares  intelectualizados,de  quem  fui  obrigado  a  ouvir uma  longa  explãnação  sobre  os  perigos  da   carne  vermelha,os  índices  de hipertensos e  diabéticos  pelo Brasil e  outras coisinhas  "leves" pertinentes ao assunto,sorri  para  a  "gatíssima".
    Esta  lhe  devolve  um  sorriso e  a  pergunta:
    _Pois  não ,senhor?
   O  intelectual vai  em  frente:
    _Por  favor,senhorita...Esta calabresa é  picante?
   E a  pérola  vem  de  imediato:
   _Olha!...meu senhor. A  gente costuma  vendê-la na forma em  que  se  encontra na  embalagem,mas se  o  senhor  deseja  "picadinha",a  gente  "pica",sem  problema nenhum.


Esta,que  não  é  de  supermercado,vai  de  brinde:

Um  caixeiro  viajante,ou,vendedor,como  queiram fazia  o  seu  itinerário quando  seu  carro  enguiçou  numa  estradinha de mato,sem  nenhum  morador  por perto.
Irritado,tentava  consertar  o  veículo ao  mesmo  tempo  em  que  olhava  ao  seu  redor e  tudo  o  que avistava era  somente...Mato.
Mexe  daqui,mexe  dali  e...nada.
De repente  ouve uma  voz forte  e  meio tremida a  lhe  dizer:
_Problema  no  carburador.
Olha  para  os  lados,não  vê  ninguém,apenas  um  cavalo  branco atrás  da  cerca,abanando  o  rabo.
Meio  assustado,achando  que é  alma d´outro mundo,apressa-se  e  resolve  dar  uma  limpezinha  no  carburador.
Termina  o  serviço,bate  na  partida e eis  que  o  carro  funciona!
Alegre,sai  para  fechar  o  capô,quando  percebe o  cavalo  terminando  de pronunciar:
_Taí!...Eu  não  falei  que  era  o carburador?
Desesperado,achando que  está  ficando maluco,acelera  e só  vai  parar na  primeira  casa  de comércio no  proximo  lugarejo.
Entra  assustado,pede  um  copo  d´agua e  começa  a  relatar o que acontecera.
Recostado no  balcão,um velhinho  lhe  ouve  com  um  sorrisinho de  desdém entre  um e  outro gole  de  cachaça.
e  então  lhe  pergunta:
_Seu  môço,me  diz  uma  coisa:O  cavalo que  lhe  falou era  preto ou  branco.
_Branco,meu  senhor!...Branco!...
O  velhinho desata numa  risada  satisfeita:
_Sorte  sua  moço,ter  sido  o  cavalo  branco.Porque  o cavalo  preto,não  entende  nada  de  mecânica.
IRATIENSE THUTO TEIXEIRA
Enviado por IRATIENSE THUTO TEIXEIRA em 25/01/2010
Comentários