Cai a tarde no vale das margaridas. [Penumbra] Coaxam os sapos. Derradeiras revoadas buscam albergue no arvoredo. Araucárias estendem braços franzinos em acolhida. Um fio de água limpinha escorre sem destino certo , e o guinchado melancólico de um quero quero lacra a tarde esvaída. Não muito distante,um casebre perdido na mata. [Uivos do abandono!] Placidez de gado , cerzindo silêncios aramados. Sons distorcidos,confusos...Uma rodovia não muito distante. [Sêres alheios à serenidade dos campos] Coaxa em meu peito o sapo das solidões que abotoam-se . Uma brisa mansa sussura soledades de porteiras fechadas para mais um dia. Céu tingido em matizes escurecidos.Um relâmpago atrás da serra, eco abafado de um trovão distante...Chuva à caminho. Tomo meu rumo.A timidez de uma estrela delata a noite recém chegada.
IRATIENSE THUTO TEIXEIRA
Enviado por IRATIENSE THUTO TEIXEIRA em 26/08/2012